sábado, 15 de setembro de 2012

MYTRE E OS ARCTURIANOS - ESPERANDO PELA LUZ - PARTE 6


ESPERANDO PELA LUZ
MYTRE E OS ARCTURIANOS - PARTE 6
Por Suzanne Lie PhD
Em 05 de setembro de 2012



Minha "nova pessoa" decidiu ir à Sala de Refeições em Grupo ao invés de comer sozinho em minha cabine. Pouco eu sabia do que aconteceria lá. Tomei minha chuveirada sônica, apesar de que eu não queria lavar do meu corpo nada da energia do arcturiano. Porém, era um hábito de toda a vida tomar banho de manhã, então eu tomei.

Enquanto estava no chuveiro, eu me perguntei quantos dos meus hábitos da vida toda iriam me restar agora. Eu não fazia ideia que minha vida me levaria a esta experiência.

Não, esperem! Eu não fazia ideia CONSCIENTE que minha vida iria por este caminho.
Mas, sempre houve um "algo" que borboletava no fundo de minha mente de que havia "mais".
Eu não fazia ideia do que era esse "mais", mas o sentido cresceu conforme amadureci.

Agora eu estava numa Nave Arcturiana e acabara de experimentar estar dentro de um arcturiano. Minha mente estava revirando o conceito de existir dentro de outro Ser, quando uma pequena raiva começou a crescer dentro de mim.

"De onde ela vem?" - eu me perguntei.
Espantei a raiva, me vesti e fui para a Sala de Refeições.

Assim que lá cheguei, eu soube que tinha sido uma má ideia. Olhei ao redor, para todas as pessoas "normais", pelo menos elas eram normais no mundo delas, e soube que eu não me encaixava. Eu não me encaixava mais no meu velho mundo, nem me encaixava neste mundo.

Olhei pela sala e me perguntei quantas delas tiveram a experiência que eu tive.
Então, eu me repreendi por ser elitista.
Mas, eu não me sentia melhor do que elas.
Apenas me sentia... deslocado.

Como e com quem eu poderia compartilhar o que estava acontecendo comigo?
Por outro lado, como eu poderia manter tudo isso contido em mim?

Com este último pensamento eu comecei a sentir tal pressão em meu corpo que senti que ia explodir. NÃO, eu não queria estar tão sozinho. Já havia sido muito difícil deixar minha família, abandonar minha vila, não voltar para casa com meus colegas. Eles seriam recebidos como heróis, e fora eu quem salvara o dia!

De onde viera esse pensamento arrogante??
Obviamente eu não estava adequado para a vida pública no momento.
Virei tão apressadamente que trombei com um antariano alto.

Quando ele rosnou para mim, como os antarianos normalmente fazem, eu gritei para ele sair do meu caminho. Eu o empurrei de um modo combativo. Se ele não fosse do bem, nós teríamos brigado bem ali na Sala de Refeições.

Mortificado com meu comportamento, eu literalmente saí correndo da Sala de Refeições porta afora e pelos corredores numa tentativa desesperada de encontrar solidão. Eu estava tão raivoso, amedrontado e triste que nunca considerei voltar à minha cabine.

"Enquanto o Ciclo conclui, aquilo que resta do escuro deve ser liberado para a Luz", entrou a voz do arcturiano em minha cabeça.

"Onde você está?", gritei de uma maneira embaraçosa.

Percebendo rapidamente o que eu fizera, tentei me desculpar. Infelizmente, só consegui encontrar mais raiva. Eu não vocalizei esta raiva, mas visto que o arcturiano lia minha mente melhor do que eu, eu pude também ter berrado.

Não houve resposta.

Eu sabia que não tinha ouvido ao que o arcturiano já havia dito, então por que ele iria falar mais?

Percebi que em meu ataque de fúria "inconsciente", eu inconscientemente havia corrido para a holosuite. Já que eu estava ali, eu poderia entrar também. O mesmo programa de Frequências de Assinatura estava rodando. Realmente, eu tenho certeza de que o arcturiano pôde ver no AGORA dele que eu acabaria ali e precisaria da familiaridade de alguma coisa, mesmo de fosse um holoprograma.

Sentei-me na pedra conhecida e refleti sobre o que arcturiano quis dizer com "Enquanto o Ciclo conclui"...

Eu estava ciente de que um ciclo de minha vida definitivamente tinha concluído e que eu nunca mais seria a mesma pessoa, mas por que a raiva? Bem, claro, era porque eu me sentia fora de controle. Como um guerreiro por muito tempo, estar fora de controle era a coisa mais aterrorizadora, e o medo tinha que ser transformado em raiva se um guerreiro quisesse sobreviver.

Talvez fosse o ciclo de ser um guerreiro que estava concluindo, senão eu jamais conseguiria assumir outra vida agora. Talvez eu tivesse que drenar o último resquício de raiva que me permitia sobreviver ao medo que eu não podia me permitir sentir enquanto estava numa batalha?

"Ainda sente raiva?", entrou a voz do arcturiano em minha cabeça.

Minha primeira reação foi ficar com raiva porque o arcturiano não vinha falar comigo "cara a cara como um homem"!
 
Claro, lá estava essa raiva combativa outra vez.
O arcturiano não era um "homem".
Na verdade, nem certeza eu tinha se ele era um humanoide.

Entretanto, eu percebi que não queria ficar com raiva deste Ser incrível que estava me ensinando tanto. De fato, eu comecei a sentir muito remorso de meu comportamento e também de meus pensamentos negativos e emoções descontroladas.

"É importante liberar aquilo que você não precisa mais", entrou a voz conhecida e amorosa.

O conceito da não necessidade do medo, raiva e tristeza era falatório mental. Como eu me protegeria sem o meu medo, travaria minhas batalhas sem raiva e lamentaria minhas perdas sem a tristeza?

"Você ainda gosta de criar esses aspectos da sua realidade?" o arcturiano perguntou calmamente, como seu eu tivesse uma escolha.

"Você sempre tem uma escolha", respondeu o arcturiano aos meus pensamentos. "VOCÊ é o criador de sua realidade."

"Espere aí", eu pensei. "O arcturiano acaba de dizer que eu criei uma vida de guerra, o perigo de nossa vila e a morte de meu colega de tripulação?"

A raiva começou a crescer dentro de mim como uma tempestade de fogo.

Eu queria berrar com o arcturiano por me culpar por tudo que acontecera ao meu mundo quando, de repente, senti um amor interior terno me envolver como um cobertor cálido. Pela primeira vez em toda a minha vida me senti seguro, não seguro porque eu estava protegendo, mas seguro porque era protegido.

"Caro Mytre, esta sensação é a que você tem oferecido aos outros. Ela está logo abaixo de sua raiva. Afinal de contas, como você poderia dar para os outros o que você não tinha dentro de si?"

"Mas eu pensei que essa sensação de segurança viesse de você", eu inquiri.

"Não, Mytre, a segurança que você sentiu veio do seu interior. Nós apenas amplificamos aquilo que já estava aí."

Eu sabia que sentia raiva, medo, tristeza e até amor. Mas nunca pensei que tinha sentido segurança. Com esse pensamento, minha mente se encheu de imagens da infância com meus amados pais. Nosso mundo estava sob ataque, mas eles nunca me deixavam sentir. Eles me protegiam do medo, da raiva e até da tristeza deles. Quando eles estavam comigo, sempre me faziam sentir seguro e amado.

Eu comecei a chorar, não de tristeza, mas de gratidão pelo maravilhoso presente que eles invisivelmente me deram. Eles sacrificaram tudo para me dar o que eu precisava e continuamente me diziam que eu era especial e que um dia eu faria grandes coisas.

Mas, enquanto eu estava na escola, outro bombardeio os matou. Fiquei tão devastado que me esqueci da segurança que eles haviam me dado e a substituí por tristeza, medo e ódio. Comecei a chorar inconsolavelmente quando me conscientizei do presente deles que eu havia esquecido e de quem eu me tornara.

"Você se tornou esse grande ser despertando que você é neste AGORA. Seus pais lhe deram a segurança que você precisava para obter a coragem de ser um guerreiro. Agora você deve invocar essa coragem para travar sua própria batalha interior", disse o arcturiano.

"Entretanto, você não travará essa batalha interior com raiva e medo, pois qualquer emoção que você expressa é amplificada por sua expressão. Portanto, nosso caro Mytre, você travará essa batalha interior com o amor incondicional por seu EU."

Pelo que pareceu como uma vida inteira, eu permaneci silente tanto em minhas palavras quanto em meus pensamentos e emoções. Este silêncio profundo me confortou e me levou para meu Núcleo. Eu nunca pensei que tivesse um Núcleo, mas lá estava ele. Era um espaço dentro do Centro do meu corpo que era absolutamente quieto. Não havia pensamentos, nem sentimentos, nem imagens - nada!

Havia somente o silêncio da noite mais escura antes do amanhecer.
Eu apenas tinha revivido minha noite mais escura, mas ainda não era o amanhecer.

Creio que o arcturiano desligou o holoprograma, pois a escuridão na sala era tão absoluta quanto a escuridão em meu Núcleo.

O medo queria me tirar deste profundo vazio interior.
A tristeza queria enchê-lo com suas lágrimas não vertidas.
A raiva queria batalhar por seu caminho para o amanhecer.

Mas o amor - o amor incondicional - sentia-se seguro e podia pacientemente esperar pela luz.

E então eu esperei!


Fonte: http://suzanneliephd.blogspot.com/
Tradução para os Blogs SINTESE e DE CORAÇÃO A CORAÇÃO:
Selene - sintesis@ajato.com.br
http://blogsintese.blogspot.com/
http://stelalecocq.blogspot.com/
Respeite todos os Créditos

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