sábado, 8 de junho de 2013

MINHA HISTÓRIA

MINHA HISTÓRIA
Depoimento
Recebido por Ben Kalil
Em 07 de junho de 2013




Eu vou pedir desculpa a você, pois eu não sei quem sou e nem sei o que dizer.

E também não sei por que estou aqui.

Eu sei que a sua alma é igual à minha, e sei que a minha alma é igual à de todos vocês, pelo menos assim espero.

Mas vou lhe contar quem fui.

Eu tinha os pés feridos por andar descalço e ser um andarilho.

Nunca tive metal suficiente para adquirir uma sandália ou uma troca de roupa.

Dormia nos lugares por onde ia e era muito difícil eu saber o nome dos lugares a que eu chegava.

Meus pés doíam, a fome me atormentava, mas eu seguia sempre em frente à procura de alguém que eu nem sabia quem era.

As minhas trilhas foram tortuosas, mas eu nunca, nunca reclamei de meus sofrimentos.

Eu nunca soube nada sobre mim mesmo, não tinha ideia do que fazia e nem do que poderia fazer.

As pessoas por quem eu passava, ao me verem, saíam apressadas procurando em pouco tempo ficar longe de mim.

Um dia, em certo povoado, alguém se aproximou de mim, o que me causou uma surpresa tão grande, que eu perdi até o poder de falar.

Eu queria dizer alguma coisa, queria tocar nessa pessoa, queria abraçar e agradecer por ter chegado tão perto de mim.

Mas talvez a emoção me deixou paralisado diante de tanta beleza e de tanta bondade.

Tocou-me com sua mão direita o meu ombro e eu pude ouvir um som.

Alguém falava e eu escutava, mas eu não via os lábios dessa criatura se moverem.

Mas escutei: Você está seguindo pelo caminho de Deus e tem dificuldade de andar pelas feridas que possui em seus pés.

Pediu-me para que olhasse dentro dos olhos dele.

Mas, infelizmente, eu não consegui.

Por mais que eu tentasse, eu não consegui olhar para seus olhos.

Então novamente ouvi a voz, mas seus lábios não se movimentavam: Vá, meu irmão, chegue aonde você quer chegar. Só que o caminho, apesar de penoso para você, com certeza, vai ser menos árduo.

E com uma voz com eco, eu escutei: Vá, pode ir, meu irmão.

E eu segui em frente e não tive a coragem nem de agradecer nem de olhar para trás, para ver se ali atrás ele ainda estava.

Mas os meus pés estavam sãos.

Eu segui o meu caminho, envelheci e nunca cheguei a saber quem era essa criatura e também nunca cheguei a saber quem era eu.

Mas daí pra frente o povo já não me evitava, eu andava junto das pessoas e elas sempre queriam tocar na minha pessoa.

Era isso que eu queria dizer, aliás, é só isso que tenho a dizer, porque sempre que chego a um lugar eu nunca sei o que falar e sempre conto o que eu acabei de narrar.

Agora sei que não tenho mais corpo algum, continuo a não saber quem sou, mas sei que aquela pessoa era Jesus Cristo.

E eu vim para lhe trazer saúde.

E eu quero agradecer muito a este que com tanto carinho me recebeu e permitiu que eu contasse mais uma vez minha história.




Observação dos Grãos: Esta não foi a primeira vez que ele se apresentou em nossas reuniões, mas foi desta vez que ele se comunicou mais extensamente.
Ele é muito manso, humilde e carinhoso.
Em 02 de maio de 2005 ele rapidamente se apresentou como "Não sei quem sou" e deixou esta mensagem:

No coração de quem doa está o calor,
está o carinho,
está a bondade.

Quem doa pode ter certeza de que seguirá o caminho de Deus.

Fica perto de Jesus Cristo e, com certeza, será re-concebido.

É isso que tenho a dizer e que este estado de espírito voltado ao Criador, Seu Filho e à Virgem Maria não fique limitado somente a esta hora marcada.

Que ele se expanda do nascer do sol ao morrer da lua.


Idioma original: português
http://blogsintese.blogspot.com

Um comentário:

  1. E eu vou lhe chamar como "Aquele que nasce". São sementes como essa que fazem nascer todo o amor do mundo.Sinceramente, uma amiga.

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