ENCONTRANDO O AMOR
Por Suzanne Lie PhD
Em 17 de março de 2015
Os olhos da bela mulher eram doces e límpidos, e ela olhava
diretamente em meu coração.
Eu não pude resistir ao seu olhar e abri a banca novamente.
Ela comprou o que veio comprar e se virou para ir embora.
“Espere”, eu lhe disse.
“Por favor, não vá ainda. Deixe-me fechar e eu a
acompanharei até sua casa. Já está escuro e não é seguro para uma mulher tão
linda como você.”
“Como sei que será seguro estar com você?” – ela perguntou
com um brilho em seus olhos castanhos escuros.
“Por quê? Eu sou da Família Real. Claro que você está segura
comigo.”
Fiquei chocado e envergonhado com o que eu disse, mas uma
lembrança há tempos esquecida começou a se formar em minha mente.
Era o rosto de outra criança.
Sim, era o rosto de minha irmã, aquela que nós tínhamos
liberado.
Eu observei a mulher à minha frente.
Minha irmã se pareceria com ela se pudesse ter sobrevivido
às suas explorações dos tridimensionais?
E então, como se um raio tivesse atingido minha mente, eu
lembrei.
Eu não me lembrei de tudo, mas a neblina começou a clarear,
e eu pude perceber a visão de pureza aguardando nas margens de minha mente.
Olhei para a mulher.
Quanto tempo eu fiquei olhando para o nada em meu devaneio
de recordação?
Seu rosto indicava uma ligeira preocupação, mas ela não
ridicularizou minhas declarações.
“Então venha, meu Lorde, e veja a minha casa.”
Ela sorriu carinhosamente, quase que como se acreditasse em
mim.
Enquanto caminhávamos até sua casa na periferia da cidade,
ela contou ligeiramente sua vida.
Sua família acabara de chegar a esta cidade.
Eles eram muito pobres e vieram buscar uma vida melhor.
Sua mãe, seu pai e seus irmãos e irmãs pequenos me
cumprimentaram como se eu fosse um amigo que esteve longe por muito tempo.
Foi aí que nós percebemos que não tínhamos dito nossos
nomes.
Nós nos sentimos tão confortáveis a partir do momento que
começamos a caminhar que as apresentações pareceram desnecessárias.
Seu nome era Lenexa e creio que comecei a amá-la desde esse
primeiro dia.
Lenexa começou a me trazer o almoço e ficava para
compartilhar nossa refeição.
Ela deixava sua compra para o final do dia e eu a levava
para casa.
Se sobrasse alguma coisa na minha banca, eu levava para a
família dela.
Claro, eu guardava uma parte para a minha querida mãe
adotiva.
Quando minha mãe
conheceu Lenexa, ela a abraçou carinhosamente.
Ela sabia que essa mulher era a minha salvadora.
Como minha lembrança começou a voltar, eu contava à Lenexa
uma história contínua sobre um personagem mítico que na verdade era eu mesmo.
Ela adorava a história e todo dia ela me pedia mais.
Eu lhe contei tudo exceto, claro, as doutrinas secretas de
Maia.
Não demorou muito até fazermos amor.
Era muito diferente de fazer amor com Hopenakaniah.
Com Lenexa, era doce e adorável e ancorava.
Toda vez que tínhamos um orgasmo, nós juntos íamos fundo na
terra.
Éramos como duas árvores com nossas raízes descendo profundamente
na terra.
Tentei encontrar a erva para que ela não tivesse um filho,
mas ela disse que queria ter um bebê meu.
“Mas eu não posso tomá-la como minha esposa. Em breve tenho
que partir.”
“Nós nos encontraremos novamente.” – ela sempre respondia.
Meu tempo na cidade estava terminando e para a minha
surpresa eu descobri que não queria partir.
Meu amor por Lenexa cresceu de um modo calmo e simples.
Eu amava Hopenakaniah como uma parte de mim, mas eu amava
Lenexa como uma árvore amaria suas raízes ou uma planta amaria suas flores.
Como eu poderia deixá-la?
Ela salvou minha vida!
Eu poderia simplesmente abandoná-la?
Mas eu poderia abandonar meu propósito?
Eu não sabia qual era o meu propósito.
Lenexa me ensinou como amar a vida na terceira dimensão e
agora eu teria que deixar essa vida provavelmente para sempre.
Eu teria que deixar Lenexa.
Fui ficando cada vez mais distraído.
O nosso ato de amor tornou-se desesperado e muito apaixonado
até que uma vez, nós não fomos fundo
na terra, mas sim, nos elevamos para os planos superiores tal como eu fazia com
Hopenakaniah.
Eu a vi como um anjo com asas e ela me viu como um Deus de
outro mundo.
Quando no final nós voltamos à Terra, ela olhou nos meus
olhos com sua profunda sabedoria.
“Agora é hora de você partir. Nós nos encontraremos
novamente. Vá agora, Amado, enquanto ainda tenho a força para deixá-lo ir.”
Eu tentei ficar, mas ela não me deixou. Literalmente ela me
empurrou para longe dela. Percebi que eu estava chorando, tal como ela.
“Vá para casa!” – ela gritou.
“Não me faça dizer de novo.”
Então a minha amada Lenexa se virou e correu para longe de mim.
Todos os músculos do meu corpo queriam segui-la.
Os seis meses haviam terminado há mais de uma semana.
Caminhei lentamente até em casa e dei um beijo de despedida
em minha querida mãe adotiva.
Eu tinha algumas moedas que eu havia economizado.
“Dê metade a Lenexa e fique com a outra metade. Por favor,
cuide dela como você cuidou de mim. Eu preciso partir.”
Como sempre, minha mãe não me questionou.
Ela entendeu.
Eu me virei e a deixei na pequena cabana que eu passara a
amar.
Eu esperei por três longos dias e noites e meus irmãos não
se juntaram a mim.
Talvez eles tivessem esquecido como eu esqueci.
Eles podem não ter tido a sorte que eu tive ao encontrar
alguém para cuidar deles ou fazê-los lembrar.
Talvez eles até estivessem mortos.
Eu procurei por eles em minha mente como fazíamos quando
crianças.
Quando crianças nós fazíamos uma brincadeira como o seu esconde-esconde,
mas nós procurávamos com as nossas mentes.
As regras eram que nós somente procuraríamos uns aos outros
dentro de nós mesmos.
Nós tínhamos uma chance para ir a um esconderijo e ficamos
muito afiados nisso.
Nós conseguíamos encontrar e contatar um ao outro não
importava como longe estivéssemos.
Nós começamos essa brincadeira depois que nossa irmã foi
liberada.
Que alma valente ela foi.
Foi a visão dela que me fez lembrar.
Eu frequentemente me perguntava se Lenexa era a reencarnação
dela.
Se isso fosse verdade, talvez ela pudesse também encontrar
os outros e ajudá-los.
Outro dia se passou e nenhum sinal deles ainda.
Talvez eles já tivessem estado lá e ido embora.
Eu mesmo me atrasei.
Mas se eu fosse para o templo sem eles, então eles poderiam
ficar aqui me esperando.
Eu estava congelado pela indecisão.
Decidi chamar meu pai Arcturiano e pedir seu conselho.
Por toda a minha vida ele estava lá em pessoa ou em
pensamento com a chamada mais simples de minha vida.
Entretanto desta vez foi diferente.
Eu chamei e chamei por ele sem resposta.
O que aconteceu?
Eu baixei tanto minha vibração a ponto de não poder mais me
comunicar com minha família?
Eu esqueci como chamá-los?
Talvez essa fosse a razão de eu não poder encontrar meu irmão e irmãs.
Desespero e medo começaram a surgir em mim.
Eu sabia que se eu permitisse as emoções me tomarem, eu
nunca seria capaz de alcançar meu pai.
Eu tentei e tentei, mas não havia resposta.
Decidi que eu teria que viajar a Arcturus e encontrá-lo.
Eu sabia que eu teria que meditar por um longo tempo para
elevar minha vibração para a sétima oitava e poder viajar para casa em minha
mente.
Eu nunca tinha ido a Arcturus sozinho.
Eu sempre fui com o meu pai, ou com Hopenakaniah durante
nosso ato sexual.
Eu seria capaz de elevar tanto a minha vibração sem a
assistência de outros?
Eu determinei não
ponderar essa pergunta, visto que eu somente criaria dúvida e medo.
Eu encontrara um local preferido para meditação na reentrância
de uma grande árvore que eu frequentemente utilizava quando vivemos na selva.
Eu esperei a paz e calma me sobrepujarem neste local como
sempre acontecia antes, mas não aconteceu.
Minha mente estava fechada.
Meu coração estava vazio.
Eu não meditara por muitos meses e agora eu havia me esquecido
de como fazê-lo.
Negatividade, raiva e medo me fecharam para essa parte superior
de mim.
Eu tentei e tentei elevar minha vibração, mas não deu certo.
Meus olhos se abriram e o mundo ao meu redor que fora seguro
e protegido tornou-se uma selva densa e ameaçadora.
Enfurecido, peguei uma pedra grande e comecei a bater no
chão à minha frente.
Começou a se formar um buraco.
Eu bati mais e mais, mais forte e mais forte.
O buraco ficou cada vez maior até que finalmente, em
exaustão, encostei-me à árvore e fechei meus olhos.
Então eu vi o mesmo buraco, só que ele estava na minha
mente.
Ele estava me chamando para entrar.
Ele era escuro e sinistro, mas ele não saía da minha
consciência.
Eu precisava viajar até as profundezas de mim.
Eu tinha que entrar naquele buraco e seguir sua rota
tortuosa até o centro da minha mente angustiada.
Muitas imagens e sentimentos da minha vida com os
tridimensionais rodopiavam na minha frente e dentro de mim interrompendo minha
jornada.
Lembrei-me de que se eu pusesse minha atenção em qualquer
uma dessas distrações eu ficaria preso na lama delas.
O buraco feria mais e mais profundamente minha psique e, de
fato, minha forma física.
Comecei a perceber que estava viajando para a estrutura
celular de minha forma física.
Quanto mais fundo eu viajava, menor tudo ficava.
Eu não era mais tridimensional.
Eu era bidimensional e então eu era uma partícula de uma
dimensionalidade.
E então tudo parou.
Eu estava num muro dentro de mim mesmo.
Eu precisava passar por esse muro.
Eu não podia deixar que ele me parasse.
Eu era mais.
Eu sabia que eu era mais.
Com a força de minhas convicções, eu avancei pelo muro e
descobri que eu estava no espaço exterior.
Eu vi as estrelas perto de mim.
“EU SOU LUZ!” – eu gritei
com exaltação. “EU SOU LUZ E EU SOU DO UM!”
Eu voltei pelo longo buraco espalhando a mensagem para todas
as células e átomos meus.
“EU SOU LUZ! EU SOU DO UM!”
Eu deixei essa mensagem em todas as partes do meu ser.
Não existe separação.
Todos nós somos “do
Um”.
Nada é muito grande ou muito pequeno.
A escuridão é uma ilusão.
A dor é uma ilusão.
A solidão é uma ilusão.
A SEPARAÇÃO É UMA ILUSÃO!
Concentrei-me em minha respiração e meu coração sentiu a
perfeição, o amor incondicional e a unidade com toda vida.
Lentamente eu levei esta consciência expandida para minha
cabeça e enviei para baixo um feixe de luz pela minha espinha para me ancorar
na Terra.
Eu senti a árvore ao meu redor reverberar com energia amplificada
fluindo de minha presença.
Agradeci à árvore por sua proteção antiga.
Mal sabia eu de quanto eu necessitaria dela.
No início esta meditação foi muito parecida às muitas que eu
experimentara por toda a minha vida.
O mundo exterior desvaneceu e todas as ilusões da vida e até
minha jornada na cidade começaram a se apagar.
Mas então, de repente, eu me encontrei no lugar mais
horrível de escuridão que eu já experimentara.
A única coisa que eu podia reconhecer nele era o assassinato
que eu testemunhara no meu primeiro dia no mercado.
Fantasmas raivosos e necessitados e desencarnados me puxavam
e acenavam para eu ir ao seu covil.
Meu plexo solar ardia e eu me estiquei para agarrar a árvore
para me proteger mais, mas o inimigo não estava no físico.
Meu inimigo estava no Plano Astral Inferior, a lata de
resíduos psíquicos da vida na terceira dimensão.
Eu nunca tinha experimentado isso, pois sempre estive
protegido de qualquer negatividade do mundo físico.
Portanto, eu passara por esta área dos mundos interiores
protegido pela minha falta de experiência.
Eu não tinha as experiências em minha vida que poderiam até
me fazer reconhecer a possibilidade de um mundo assim.
Agora eu tinha essas experiências e todas elas piscaram perante
minha mente de uma só vez, acompanhadas por todo pensamento negativo e emoções
desagradáveis que eu experimentara e observara.
Eu comecei a me sentir mal e queria sair desse local
horrível.
Entretanto, eu sabia que não podia permitir que o meu medo
de ficar preso me fechasse para sempre das dimensões superiores.
Esta experiência deve ter sido a razão por que eles quiseram
que nós vivêssemos na cidade.
Nós tínhamos que experimentar essas partes mais escuras de
nós a fim de concluirmos nossa missão.
Mas eu nem sabia qual era a minha missão.
Entretanto, ideias de minha missão me trouxeram coragem e eu
comecei a batalha contra a escuridão.
Mas ao lutar contra a escuridão, eu descobri que ela era
infinita, e que para cada parte dela que eu conquistava, havia mais para
substituí-la.
Eu estava perdendo a batalha.
Eu podia sentir-me ficando drenado de minha essência.
A escuridão estava roubando minha luz.
Mas espere!
Eu tinha que me recordar de por que eu não tinha
experimentado antes essa escuridão.
Sim, foi porque eu não tinha conhecido a escuridão em minha
vida.
Esta escuridão só
podia me atacar pela minha própria escuridão interior.
Eu tinha que me recordar de por que
eu não tinha experimentado antes essa
escuridão.
Sim, foi porque eu não tinha
conhecido a escuridão em minha vida.
Esta escuridão só podia me atacar
pela minha própria escuridão interior.
BÊNÇÃOS
Como anda a SUA iniciação? A minha está incrivelmente
maravilhosa, então de repente apenas o oposto se resolve mais rapidamente. Mas
eu ainda caio na fatiga e no drama subsequente.
Por favor, compartilhe.
Tradução: Blog SINTESE http://blogsintese.blogspot.com
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