sexta-feira, 20 de junho de 2014

LIVRO IV - MUDANÇA DE REALIDADES

MUDANÇA DE REALIDADES
OUTRA VIAGEM AO AEROPORTO
Por Suzanne Lie PhD
Em 22 de abril de 2014



JASON FALA:

Acordei num ímpeto e encontrei Sandy acordando ao meu lado.

Nossa, tive um sonho incrível, eu disse assim que Sandy abriu seus olhos.

Eu também! Mas eu creio que NÃO foi um sonho, Sandy disse em sua voz de travesseiro.

Sim, eu respondi.

Acha que estivemos em outra jornada?

Não tenho certeza.

Vou preparar café e então podemos conferir os sonhos.

Na verdade, talvez devêssemos anotá-los enquanto tomamos nosso café e então compartilharmos.

Se acabarmos com o mesmo ou com sonhos muito semelhantes, saberemos que estivemos em outra aventura.

Boa ideia, eu disse enquanto me afastava da cama em busca de alguma coisa para vestir.

Quando Sandy entrou com o meu café, eu já estava vestido e totalmente acordado.

Vamos lá pra mesa da cozinha para escrever enquanto tomamos o café.

Sim, vá na frente, eu vou me trocar também.

Então pego meu café e me junto a você.

Nós escrevemos nossos sonhos à mão, pois é meio complicado digitar e tomar café e nenhum de nós queria abrir mão do nosso café.

Quando comecei a escrever, percebi que não eu não tinha o menor sentido de tempo.

Tive de pegar o celular para verificar data e hora.

Era realmente o dia seguinte?

Parecia que muito mais tinha acontecido, mas não conseguia me lembrar do quê.

A última coisa de que podia me lembrar era de Sandy e eu saindo para verificar Naves.

Não, então me lembrei de nossos amigos chegando, mas era um dia diferente?

Eu podia ver pela expressão de Sandy que ela estava tão confusa quanto eu.

Havíamos decidido não conversar até termos anotado nossa história, mas eu não tinha certeza do que escrever.

Parecia que muitas coisas diferentes estavam acontecendo todas ao mesmo tempo, e meu cérebro humano estava se esforçando para pôr esses eventos em alguma forma de linha temporal.

Finalmente eu desisti e apenas anotei os eventos conforme eles entravam na minha memória.

Entretanto, não havia jeito de todas essas coisas poderem ter acontecido em uma noite.

Devemos ter perdido um bom tempo.

Eu verifiquei o calendário de novo para ver que, sim, somente uma noite havia passado.

Eu estava pensando que fora como se tivéssemos deixado o tempo quando Sandy disse:

Estou tão confusa.

Não há como tudo isso poder acontecer em um dia!

Nós dois rimos juntos quando percebemos que tivemos a mesma ideia.

Nós sabíamos que o Arcturiano tinha falado um bocado sobre viver no não tempo, mas pensávamos que poderia somente acontecer na Nave.

Entretanto nós estávamos bem aqui no Planeta Terra, pelo menos até...

Mytrian, Sandy gritou entusiasmada.

Somente existe o AGORA, nós dois dissemos risonhamente quando começamos a nos lembrar.

Sandy se levantou para providenciar mais café.

Quando voltou, nós tomamos o café e compartilhamos nossas anotações.

Foi bastante interessante ver como vivemos os mesmos eventos a partir de nossa própria experiência pessoal.

Sandy lembrou-se mais de sensações e comunicações enquanto que eu me lembrei mais dos detalhes e da sequência dos eventos.

Juntos nós criamos uma avaliação bastante precisa de nossa experiência, eu disse enquanto apertava a mão de Sandy.

Mas ela não estava tão animada.

Não, disse ela.

Tem mais alguma coisa.

Alguma coisa que nós ainda não fizemos, mas prometemos que faríamos.

Podemos antes tirar um dia de folga? – eu disse de uma maneira provocadora, mas eu queria dizer isso mesmo.

Eu estava exausto e precisava descansar e me divertir antes de assumir a próxima missão.

Humm, eu pensei, era um compromisso.

Parece que há alguma coisa que fomos voluntários para cumprir, disse Sandy, novamente respondendo aos meus pensamentos.

Mas eu concordo, eu preciso de algum “AGORA” para relaxar e me reestruturar.

Que tal irmos para o campo e fazer um piquenique?

Estou nessa, eu disse.

Tome um banho antes e eu vou fazer os sanduíches.

Antes de terminar a frase, Sandy já tinha ido para o chuveiro.

Eu sabia que teria algum tempo para preparar a comida enquanto Sandy parecia precisar de um longo banho.

***

Acabou que eu também precisava de um banho demorado.

Assim, já era quase hora do almoço quando fomos para o campo.

Estava um dia lindo, então, após comermos o que leváramos, relaxamos e tiramos uma soneca.

Ficamos lá quase o dia todo, somente a brisa fria antes do pôr do sol nos fez colocar as coisas no carro para voltarmos para casa.

Mas não estávamos prontos para ir para casa e então decidimos ir até o aeroporto ver qual versão de realidade nós encontraríamos.

Não havíamos assistido aos noticiários, ligado nossos computadores ou lido um jornal, então não fazíamos ideia se éramos os únicos a ter nossa experiência.

Entretanto, nós tínhamos ido além da dúvida, principalmente visto que cada um de nós anotou os mesmos eventos de nossas próprias perspectivas diferentes.

Enquanto descíamos a serra indo para o aeroporto, podíamos sentir a expectativa no carro.

Não fazíamos ideia do que encontraríamos, pois o aeroporto parecia ser algum tipo de vórtice em que o tempo voltava e avançava para o que nós chamaríamos de futuro ou passado.

Nós sabíamos que somente existe o AGORA e que tanto futuro como passado são ilusões.

Por outro lado, enquanto nós, em nosso eu físico, tínhamos que combater o pensamento que nossas experiências dimensionalmente superiores eram ilusão.

Quanto tempo nos levaria para resolver esse paradoxo?

Êpa, isso é pensar no tempo.

Uma coisa que Sandy e eu imaginamos enquanto estávamos relaxando, dormitando e conversando no campo era que quando pensamos em termos de “tempo”, nós apenas experimentamos o mundo físico.

Por outro lado, quando pensamos em termos do “AGORA” nós começamos a experimentar nosso mundo multidimensional.

Já que passáramos o dia no AGORA do campo, talvez pudéssemos experimentar o aeroporto dimensionalmente superior.

Espero que consigamos ver o futuro aeroporto galáctico ao invés do caído que nós temos agora, disse Sandy.

Ela também tinha escorregado no pensamento em termos de tempo.

Bem à frente tinha um acostamento e eu parei o carro nele.

Não podíamos ver o aeroporto dali, mas ele logo seria visível.

Sandy, eu disse antes que ela pudesse me perguntar por que eu encostara o carro.

Nós dois estamos pensando em termos de tempo de novo.

Nós dois sabemos que pensando no tempo nós somente vemos a terceira dimensão.

Sim, sim, você está certo, ­ela exclamou.

Você estacionou aqui para podermos voltar ao AGORA em que estávamos no campo?

Querida, você leu minha mente outra vez, eu respondi.

Vamos meditar um pouco para podermos focalizar no AGORA.

E também, parece que Mytrian tem um grande papel nisso tudo.

Talvez nós dois devêssemos nos focalizar no Mytrian.

Sim, isso nos proporcionaria um foco conjunto.

Como poderíamos começar? – perguntou Sandy.

Mytrian realmente está sentado na frente do nosso carro ou isso é apenas uma ilusão? – eu disse.

Todo o mundo físico é uma ilusão, disse Mytrian enquanto levitava sobre o nosso carro.

Repentinamente Sandy e eu estávamos em meditação profunda.

No início, só o que víamos era o vazio e então, gradualmente, uma Nave entrou em nossa consciência.

Qual realidade vocês escolhem perceber? – nós ouvimos Mytrian falando conosco com a melodia normal que ele tinha em sua voz.

Nossos olhos abriram, olhamos um para o outro e simultaneamente dissemos:

Escolhemos uma realidade galáctica.

Sem dizer uma palavra, eu liguei o motor, voltei para a estrada e fiz a conversão para o aeroporto.

Antes de fazer a segunda conversão, Sandy e eu ouvimos Mytrian dizer telepaticamente:

Toda coisa que se expressa se encaixa na imagem total que cria as condições do evento experimentado por todos.

Visto que a estrada era bem íngreme e cheia de curvas nesta parte, eu tive que prestar atenção em dirigir e permitir que as palavras de Mytrian afundassem em minha consciência.

Entretanto, eu podia sentir que Sandy estava tendo uma reação profunda à declaração de Mytrian, então segui até a próxima saída da estrada para conversar com ela.

Sandy, eu disse com uma voz preocupada.

Você está bem?

Só o que ela pôde fazer foi dizer não com a cabeça enquanto me acenava para continuar até o sopé da montanha, onde a estrada ficava plaina e reta.

Decidi confiar nela e continuei dirigindo com cuidado até a autoestrada, onde estacionamos na área de parada mais próxima.

Sandy fechara seus olhos e entrara num estado meditativo, provavelmente para conter a energia que estava sentindo.

Por favor, agora fale comigo, eu disse.

Estou no sopé da montanha numa área de parada.

Lentamente ela abriu os olhos e me fitou.

Eu não queria dizer nada porque você estava dirigindo.

Mas, quando Mytrian fez sua última declaração, eu repentinamente me senti envolvida, e ainda estou, por incontáveis realidades ao mesmo tempo.

Eu sabia que se lhe dissesse isso, você teria a mesma experiência e não conseguiria dirigir.

Com suas últimas palavras eu comecei a compartilhar de sua experiência.

Eu via múltiplas realidades possíveis de uma vez só.

Sandy estava correta.

Eu não poderia ter descido a serra nessas condições.

Estávamos ficando cada vez mais tontos quando Sandy disse:

Nós temos que nos focalizar na mesma realidade.

Mas em qual? – eu repliquei.

Há tantas de uma vez só e todas entrelaçadas umas às outras.

Qual realidade vocês querem ver? – Mytrian perguntou.

Queremos ver a realidade galáctica da Nova Terra, ­eu disse sabendo de Sandy concordaria.

Eu podia sentir nossa consciência reunida procurando por todas as imagens em movimento em nossas mentes para encontrar em qual delas a Terra tornara-se uma realidade galáctica.

Já que Sandy estivera nessa realidade recentemente, ela a encontrou primeiro e verbalmente a explicou para mim para que eu pudesse me reunir a ela.

Finalmente, as inúmeras imagens em movimento congelaram em uma imagem de uma versão moderna do aeroporto composta por Naves estacionadas no ar e Naves de Reconhecimento e aeronaves pousadas no aeroporto.

Sandy explicou como todas as pessoas estavam muito calmas com essa experiência, pois estavam totalmente acostumadas a essa realidade.

Sim, sim, eu proclamei.

Agora eu posso ver tudo isso.

As pessoas estão muito calmas apesar de haver galácticos que não são humanoides.

Vou abrir meus olhos agora.

Creio que estou preparado para dirigir.

Continuarei a lhe falar sobre esta versão de realidade para que possamos continuar em sincronismo até chegarmos ao aeroporto.

Eu disse sim com a cabeça e continuei a me focar nas palavras dela enquanto eu dirigia até o aeroporto.


NOTA DE SUE:

Todos nós não desejamos poder ter as aventuras de Sandy e Jason?

Nós não desejamos encontrar alguém com que podemos abertamente compartilhar essas aventuras?

Essa é a diferença entre uma “estória” e a nossa realidade.

Entretanto, se formos para dentro de nosso eu, nós descobrimos que NÓS, também, estamos mudando.

Mas o mundo exterior parece ser o mesmo.

Felizmente, porque estamos mudando interiormente, nossa percepção do que parece ser o “mundo externo” lentamente está se alterando.

Eu tenho passado por uma lição contínua sobre “deixar ir”.

Por três vezes nos últimos meses eu experimentei que estava devastada por ter perdido alguma “coisa” que era importante para mim.

Entretanto, de alguma forma aquela “coisa” foi substituída por algo melhor.

Eu acho que quando nossas mãos estão cheias, nós temos que largar alguma coisa para pegar algo novo.




Tradução: Blog SINTESE http://blogsintese.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos por seu comentário.
Comentários enviados anonimamente não serão publicados.
SINTESE