A MANHÃ SEGUINTE
Por Suzanne Lie PhD
Em 26 de fevereiro de 2014
JASON FALA:
Após o Arcturiano ter deixado nossa casa, nós dois despencamos
no sofá mais próximo.
Imediatamente entramos num sono/meditação, pois não
estávamos seguros de em qual realidade nós estávamos despertos.
Como poderíamos ter conversado com um ser de luz cintilante
num momento e então estarmos sentados em nosso sofá no outro?
Gradualmente nós caímos no que deve ter sido um sono real,
pois eu tive um sonho muito importante.
Quando acordei, já era o dia seguinte.
Após me recuperar de uma noite dormindo no sofá com nós dois
disputando uma pequena manta para se aquecer, eu percebi que tinha dormido durante
uma reunião de trabalho muito importante.
Com esta conscientização, meu sonho maravilhoso saiu de meu
conhecimento.
Sacudi Sandy até ela acordar e tentei culpá-la por eu ter
caído no sono.
Após ter descarregado minha raiva nela, ela ter chorado e
corrido para o banheiro, eu percebi o que tinha feito.
Como pude sair de um sonho maravilhoso e entrar num estado
de consciência tão baixo a ponto de culpar a pessoa que eu mais amava por algo
que eu havia feito?
Decidi ir à cozinha fazer para Sandy seu chá preferido e
trazê-lo para ela como uma oferta de paz.
Foi quando comecei a me lembrar do sonho.
Levei o chá para o nosso quarto e o ofereci com uma expressão
encabulada de desculpa, o que fez Sandy sorrir e aceitar o chá.
Sentei-me na cama ao lado dela enquanto ela tomava o chá e
eu tentava me encorajar a contar meu sonho.
Tudo bem, Sandy
disse após me deixar sofrer por uns minutinhos, eu perdoo sua explosão e estou pronta para ouvir o que você tanto quer
me contar.
Você sabe que quero
lhe contar alguma coisa? – eu perguntei.
Agora nós vivemos como
uma pessoa.
Não creio que tenhamos
muitos segredos, ela disse com um sorriso meigo.
Vá em frente, querido.
Se você não tivesse
gritado, provavelmente eu teria gritado.
Eu também perdi uma
reunião importante.
Não entendo tudo que
está acontecendo conosco, mas de alguma forma eu acredito que é real.
Você é a única pessoa
com quem poderia conversar sobre essas experiências, eu tenho muita certeza de
que sou a única pessoa com quem você pode conversar.
Eu aquiesci e esperei até Sandy dar uma palmadinha na minha
perna e dizer:
Vá em frente.
Obrigada pelo chá que
me trouxe, estou pronta para ouvir.
Enquanto dormíamos no
sofá, desabafei antes de perder a coragem, tive um sonho de que eu estava ascendendo.
Por volta das 3:00, eu
de repente acordei e ouvi em minha cabeça: “acabo de sonhar com a ascensão”,
mas não podia me lembrar de como foi.
Então eu fui ao
banheiro.
Voltei ao sofá com
outra manta, que pus em você e tentei me lembrar da sensação novamente.
Entretanto, eu estava
muito distraído pra lembrar do sonho porque, apesar de ser uma noite fria, meu
corpo estava quente.
Parecia que o calor
vinha de dentro, não de fora de mim.
Eu não sei por quanto
tempo fiquei deitado/sentado no sofá sentindo o calor intenso dentro de mim.
Por fim, eu caí no
sono.
Assim que acordei de
manhã, eu me lembrei de uma parte do sonho, mas eu ainda não podia me lembrar
de como era.
Então olhei para o
relógio e fiquei fora de mim por perder um compromisso, o que me fez esquecer
totalmente do sonho.
Assim que me acalmei e
estava fazendo seu chá, o sonho começou a voltar para mim.
Gradualmente eu
comecei a me ver no que parecia uma nuvem.
Eu estava numa posição
vertical com as mãos apontando para baixo, mas eu lentamente estava subindo.
Após um curto momento,
eu senti uma sensação de puxão em meus pés, o que parou o meu movimento
ascendente.
Então me conscientizei
de que havia alguma coisa que eu tinha que liberar.
Eu não sei o que era,
nem se era importante.
A única coisa
importante era que eu tinha que liberar para que eu pudesse continuar minha
ascensão.
Portanto, respirei
lentamente e me disse: “Vá!”.
Imediatamente retornei
à minha ascensão lenta, mas constante.
Porém, não demorou
muito até eu sentir novamente o puxão.
Desta vez eu sabia o
que fazer.
Respirei longamente e
disse: “Vá.”.
Outra vez e outra vez
eu tive de deixar ir, sem nunca
saber o que eu estava deixando ir.
Eu somente sabia que
minha ascensão era muito importante e eu tinha que continuar.
Por fim, comecei a
subir mais rápido e os puxões diminuíram imensamente.
Foi quando vi algo
muito acima de mim.
Controlando minha
excitação, eu lentamente continuei a flutuar de um modo ascendente em direção
ao desconhecido.
Pensamentos passavam
por minha mente.
Quando eu escolhi
ignorá-los, comecei a sentir a euforia das dimensões superiores.
Minha forma começou a formigar,
meu coração se abriu e meu Terceiro Olho focalizou um objeto pouco nítido acima
de mim.
No final, todos os
pensamentos foram liberados e minhas emoções eram somente uma sensação de
expectativa e maravilha.
Os puxões pararam
completamente, mas o deixar ir era constante.
Eu estava vivendo num
tipo de entrega que eu sentia como muito natural.
Meu corpo ficou
extremamente quente quando percebi uma luz emanando de mim.
Foi quando vi uma luz
vinda de cima, que parecia o amanhecer rompendo por uma manhã escura.
Conforme me aproximei
da luz, o objeto acima de mim ficou crescentemente mais claro.
Era um orbe com um
rosto, mas eu não podia reconhecê-lo porque a luz era muito brilhante.
Apesar de o rosto se
aproximar mais e mais, eu ainda não podia reconhecê-lo, mas eu estava começando
a sentir amor incondicional e grande alegria.
Então, quando o amor e
a alegria preencheram minha consciência, eu comecei a reconhecer o rosto.
Era eu, mas não meu eu
de todo dia.
Era o rosto do meu EU.
Quando terminei de falar, percebi que havia entrado em um transe.
Quando voltei ao meu eu físico, vi Sandy olhando diretamente
em meu coração.
Ela colocou a xícara vazia no criado-mudo e se inclinou para
me dar um enorme e demorado abraço.
Seu abraço pareceu tão bom quanto o rosto que eu vira.
Sandy devagar soltou meus ombros e deitou de novo na cama,
dizendo:
Sinto muito ter ficado
tão histérica quando você estava nervoso.
Creio que justamente por
termos voltado de uma experiência maravilhosa de comungar com o Arcturiano e
termos sonhos tão felizes, foi chocante demais ter que “voltar à 3D”, Sandy
disse com um sorriso de desculpas.
Você também teve um
sonho? – eu perguntei.
Sim, ela respondeu
pensativamente.
Eu sonhei que estava
andando num parque e me deparei com pessoas reunidas atrás de um arbusto.
“Olhe”, elas disseram
enquanto apontavam pela folhagem.
Quando olhei eu vi um
Buda de ouro sentado num banco de madeira.
Eu estava pensando “que
estátua linda” quando uma luz irradiou das mãos do Buda e ele virou sua cabeça
para olhar diretamente em meus olhos.
Olhamos um nos olhos
do outro infinitamente.
Eu acordei com a
lembrança do Buda de ouro sentado num banco de madeira.
Então, quando você
gritou comigo, a queda daquela serenidade para a sua voz irada me retornou a
uma pequena criança correndo para reclamar com a mamãe.
Porém, agora eu sou a
minha mamãe, então não havia ninguém com quem eu reclamar.
Mas, assim que eu
comecei a entrar numa profunda depressão, eu me lembrei de olhar pela folhagem
para ver um Buda de ouro sentado num banco de madeira.
Então você apareceu
com o chá na mão e uma desculpa em seu rosto, e eu ouvi o Buda de ouro dizer: “Não
é o QUE você faz que é importante, e sim COMO você faz”.
Como eu poderia culpar
você por ficar com raiva?
Agora eu percebo como
muitas das minhas intenções “amorosas” foram manchadas pelo antigo paradigma de
trabalhar duro e a necessidade de recompensa externa e de reconhecimento.
Não creio que foi por
acaso que nós dois dormimos durante importantes reuniões de trabalho.
Esse trabalho é apenas
pela sobrevivência, apenas pelo dinheiro.
Eu creio que uma das
coisas que o Arcturiano nos disse e que não pudemos entender até nossos sonhos,
foi que o “Buda de Ouro estava tão feliz sentado num banco de madeira num
pequeno parque quanto quando estava sentado num templo enorme com pessoas
louvando-o”.
Agora eu entendo que o
Buda olhou diretamente para mim para que eu pudesse olhar para mim mesma mais
claramente.
Sim, eu
acrescentei, eu não podia reconhecer meu
próprio rosto porque a luz era brilhante demais.
O Arcturiano estava
nos dizendo através de nossos sonhos que
nós precisamos SER o EU de que nós nos lembramos ao invés do eu que nós nos tornamos
assim que nos esquecemos”, Sandy quase que cochichou.
Meu sonho veio para me
lembrar de que o banco de madeira
era muito confortável e de modo algum me diminuía.
Sim, acrescentei, eu faço o que faço porque quero
reconhecimento ou eu faço porque eu tenho SIDO o meu EU?
Se escolhermos colocar
nossa atenção naquilo que perturba nossa paz, nós não podemos mais ver o Rosto do nosso Eu.
É quando nós afundamos
nos dramas e na dissonância da vida 3D.
As energias que
culminaram no hoje foram muito
intensas, rápidas, confusas, inoportunas e transformadoras.
Nosso verdadeiro EU
estava nos chamando, enquanto nosso ego nos puxava para nossa escravidão.
Aproximei-me de Sandy e a envolvi em meus braços enquanto
olhava em seus olhos.
Nosso processo de
ascensão começou, e como todos os processos, a parte mais difícil é libertar-se
da inércia.
Portanto, nós temos
que fazer alguma coisa desafiadora todo dia.
Sandy sorria enquanto disse:
Meu pai costumava
dizer: “estudo demorado, estudo errado”.
Ele também dizia: “Faça
alguma coisa, mesmo se for errada”.
O que ele queria dizer
com isso era que nós facilmente ficamos parados na tentativa de sempre estar certo.
Está tudo bem se
cometemos um erro contanto que no fim alcancemos nosso eu.
É o nosso ego que
sempre quer estar certo. – Eu acrescentei enquanto puxava Sandy para o meu
peito, mas nossa Alma ressoa além da
polaridade.
Então, não existe nem certo nem errado.
Existe somente ação.
É pela ação que nós
aprendemos e nós estamos aprendendo enquanto prosseguimos.
Nós estamos criando a
nossa ascensão!
E nós a estamos
criando AGORA!
Não é apenas o QUE nós
fazemos, mas COMO nós fazemos!
Na verdade, não é o “o que”, mas “o como”, que nos liberta do ego e nos leva para o
centro do Fluxo.
Quando Sandy se afastou de mim para olhar em meus olhos, eu
vi lágrimas de alegria descendo por seu rosto.
Ah, Jason, me doeu no
coração termos brigado esta manhã.
Eu sinto muito ter
gritado com você.
Você pode me perdoar?
Minha querida, a
pergunta é se eu posso me perdoar. – eu respondi enquanto se formavam
lágrimas em meus olhos.
Tradução: Blog SINTESE http://blogsintese.blogspot.com
Respeite os créditos
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