segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

MENSAGENS DE NOSSO EU - INCONSCIENTE PARTE 2

Por Suzanne Lie PhD
Em 19 de janeiro de 2014



De novo, tiramos um momento para rever o início de nossa longa jornada para a Luz de nosso verdadeiro EU.

Quando olhamos para trás, para quem éramos e o que fazíamos quando iniciamos nosso Caminho, nós percebemos que esse Caminho é composto por muitos degraus.


 A ESCADARIA

Eu acordo, ou acabo de cair no sono, para me ver numa escadaria.

Acima, os degraus são mais brilhantes e de forma mais flexível.

Abaixo, os degraus ficam mais escuros e mais restritos à forma.

Olho para os degraus acima e sinto uma centelha de amor me chamando para galgá-los.

Mas quando eu tento, vejo que um impulso interior me pede para dar a volta e descer os degraus atrás de mim.

Viro-me para olhar a escadaria atrás de mim e sinto um medo que arrepia meu coração.

Por que eu ia querer descer lá? - pergunto-me.

Porque você já desceu, sussurra uma voz que parece emanar da centelha de amor acima de mim.

Se já estive naquele lugar, perguntei, por que eu haveria de querer voltar?

Você não precisa voltar, soprou a voz em meu coração.

Você nunca partiu.

Não, isso não é possível.

Eu me sinto somente aqui, neste degrau.

Mas você está em todos os outros degraus também.

Na verdade, há um "você", de fato, há muitos de "você" em todos os degraus.

Entenda: cada degrau representa uma dimensão, um plano de existência.

Se há tantos fragmentos de mim, por que eu nada sei sobre eles?

Você sente o puxão dos degraus abaixo de você?

Sim, eu sinto.

Esse puxão provém das partes do seu eu que estão perdidas nas dimensões inferiores.

Elas estão perdidas porque acreditam que estão sozinhas.

Porque você não as libertou, você acredita que está sozinha.

Como posso libertá-las quando eu mesma me sinto perdida?

Ah, minha pequena, você não está perdida.

Você encontrou sua voz superior: você ME encontrou!

Os fragmentos "perdidos" do seu eu enviaram você escada acima, como um batedor, para ver se havia outro caminho.

Agora você o encontrou.

Volte agora e compartilhe sua experiência com eles.

Por favor, não me faça partir.

Agora eu me lembro de lá e eu quero ficar aqui.

Você ficará onde está, tal como você estará onde esteve.

Você não se movimentará, ao contrário, você expandirá.

Expandirei?

Sim, agora você se vê como um mero ponto de consciência.

Você pode ampliar essa consciência para imaginar que você está em todos os degraus?

Fecho meus olhos e convoco minha imaginação.

Eu sempre tive uma imaginação vívida.

Ah, sim, lá estão eles.

Há uma pessoa em cada degrau.

Cada uma tem a mesma quantidade de luz e densidade que o degrau em que está.

Todas parecem muito diferentes, mas há algo nelas que parece igual também.

Sim, a voz responde aos meus pensamentos.

Todas elas são uma consciência.

Você consegue sentir como você e eu somos iguais?

Parece difícil eu imaginar que poderia ser igual a esta voz sábia e amorosa, mas fecho os olhos e tento fazer a conexão.

No início, só o que consigo perceber são muitas vozes de dúvida, troça e medo me chamando dos degraus abaixo de mim.

Mas, gradualmente, eu também sinto o amor e o apoio reluzindo dos degraus acima.

Com este sentimento, minha consciência e percepção começam a expandir mais e mais.

Sinto-me estendida como um elástico sendo puxado a ponto de se romper.

Mais e mais eu sinto o puxão até que mal posso suportar a tensão.

Então, com uma RUPTURA repentina, eu entendo.

Eu sou a voz amorosa que tem me orientado.

Eu sou o puxão de medo e dúvida.

Eu sou cada pessoa sobre cada degrau.

De fato, eu sou cada degrau e a imaginação os cria.

Eu sou TUDO NO TUDO.

Sim, ressoa a voz amorosa vinda de todas as pessoas, todos os degraus e todas as dimensões.

Nós somos um ser multidimensional.

É a NOSSA expansão de uma consciência singular para a consciência multidimensional que nos permite SABER quem nós somos.

Quando nós despertamos para quem realmente somos, nós podemos mais facilmente encontrar a coragem para entrar nas sombras de nossa mente inconsciente.



 O LAGO ESCURO

Eu me virei para ir embora, mas com o meu primeiro passo, eu soube que devia ficar.

Se eu não podia ver o que estava no lago, talvez eu tivesse que sentir.

Talvez, eu realmente tivesse que entrar no lago e sentir suas águas escuras em mim.

A ideia de entrar nas águas turvas me fez estremecer.

Eu devia manter minhas roupas como uma tentativa escassa de proteção ou eu devia entrar no lago nua como no dia em que nasci?

Eu sabia a resposta.

Eu devia enfrentar as profundezas sem qualquer proteção externa.

Eu precisava encontrar minha proteção na coragem que era necessária para entrar no lago turvo.

A coragem, que estava no fundo de meu coração, seria minha única proteção para enfrentar a escuridão e os segredos que ela continha.

Tirei rapidamente minhas roupas antes de perder a coragem e pulei no lago agourento.

Segurei a respiração e imediatamente mergulhei até o fundo.

Eu navegava com meus braços, pois não estava pronta para abrir os olhos.

Quando toquei o fundo do lago, eu sabia que devia abrir meus olhos enquanto ainda tinha ar suficiente em meus pulmões para permanecer no fundo.

Uma visão de sujidade aguardava meus olhos se abrirem.

Mas o que é aquilo bem ali?

Alguma coisa dourada cintilava entre a sujeira.

Ah, ela precisa ser resgatada, eu pensei.

Ela não é daqui.

Essa coisa dourada é diferente de toda a sujeira que a envolve.

Nadei até a centelha dourada e retirei a lama de sua superfície.

A lama escura espalhou-se na água, esperando para cobrir novamente o objeto dourado.

Fui até o tesouro com a intenção de trazê-lo para a superfície, mas descobri que ele estava bem preso ao fundo do lago.

Eu puxei, puxei, mas ele não se mexia.

Finalmente, pisei no fundo coberto de lama para reunir resistência suficiente para soltar a peça de outro.

Meus dedos afundaram na lama pegajosa e meu esforço encheu a água de sedimentos.

Tive que fechar os olhos para protegê-los e puxei o objeto dourado enquanto me empurrava contra o solo do lago.

Mas nada dava certo e eu estava ficando sem oxigênio.

Eu teria que abandonar o tesouro que estava escondido nas profundezas sombrias do lago?

Fiquei parada por um momento e soltei o objeto dourado.

Ele imediatamente afundou no lodo.

Somente uma pequena parte dele brilhava na água turva.

Com pena, percebi que não podia libertar o tesouro.

Então eu me lembrei de que minha intenção fora "sentir" a água.

Sim, agora eu a senti.

Eu a senti como pena, e culpa, e acima de tudo, ela parecia medo.

O medo entrou em todas as rochas e átomos do lago.

Não era de se estranhar que o que era lindo não podia ser libertado.

Quando parei de lutar, a lama que enchera a água começou a se depositar em mim.

Eu a sentia colando em minha pele, lembrando-me dos sentimentos que havia sentido fora do lago escuro.

NÃO!

Eu precisava sair daquelas profundezas e dos sentimentos que ela fazia surgir em mim.

Eu não podia salvar o tesouro.

Eu teria de deixá-lo nas profundezas lodosas.

Além disso, eu não podia mais segurar minha respiração.

Eu precisava voltar à superfície.

A ideia de escapar parecia boa e necessária.

Dirigi-me à superfície com uma mistura de alívio e tristeza, alívio por poder me livrar da lama e tristeza por não conseguir libertar o tesouro escondido.

Minha cabeça rompeu a superfície do lago e uma chuva fria enxaguou a sujeira de meu rosto.

Nadei até a beira do lado e subi em uma pedra.

De pé, permiti que a chuva suave lavasse meu corpo.

Sentir a água fresca em minha pele me rejuvenesceu e acalmou.

A lama do lago foi facilmente limpa, pois ela nunca foi minha.

Então eu percebi que a sujeira do lago foi algo que eu temporariamente aceitei, temporariamente experimentei.

Olhei outra vez para o lago.

Ele parecia mais claro agora.

A lama que eu havia agitado tinha novamente se assentado no fundo.

Lembrei-me da peça de outro que ainda estava presa nele.

Como eu poderia soltá-la?

Eu teria que de novo entrar no lago sombrio e nadar até sua profundeza mais escura.

Poderia eu me lembrar de minha própria pureza, até quando a lama estivesse agarrada à minha forma?

Eu conseguiria encontrar a peça de ouro escondida sob o lodo e trazê-la para a superfície?

Sim, eu gritei para o sol que penetrava por entre as nuvens.

Eu encontrarei o que foi perdido.

Aquilo que está enterrado e esquecido deve ser encontrado e recuperado.

Algo de grande valor está perdido nas profundezas da escuridão, e deve ser resgatado.



Tradução: Blog SINTESE http://blogsintese.blogspot.com

Respeite os créditos

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