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domingo, 13 de julho de 2014

LIVRO IV - O COMEÇO DO FIM – 3

O COMEÇO DO FIM – 3
COMUNICANDO-SE COM SILFOS E ONDINAS
Por Suzanne Lie PhD
Em 15 de junho de 2014



LANTERN FALA:

Jason e Sandy estavam tão feridos e exaustos por causa de sua queda que eu os levei para uma área plana próxima e os ajudei a montar sua pequena barraca.

Assim que montada, eles engatinharam para dentro dela levando seus sacos de dormir, entraram neles, sujos e tudo, e imediatamente caíram no sono.

Pelo menos eles pensaram que estavam “apenas” dormindo.

Na realidade, eles foram projetados para a Nave para serem levados para a Câmara de Recuperação onde seus ferimentos foram curados.

Quando acordaram assim que o sol nasceu, eles ainda estavam cobertos de pó, mas curados de todos os ferimentos.

Eles estavam em choque quando entraram na barraca, então não perceberam como estavam gravemente feridos, mas quando acordaram, eles estavam curados.

Quando eles saíram da barraca, eu já tinha preparado café quente e aquecido comida.

Após dizermos bom dia, nós comemos em silêncio e tomamos prazerosamente o café quente.

A neblina estava tão espessa que mal podíamos ver uns aos outros, mas podíamos conversar.

Jason e Sandy começaram comparando os sonhos vívidos que tiveram e se perguntavam se tinham ido para a Nave.

Só consigo me lembrar de uma sala, disse Sandy, e eu acho que estava dormindo nela.

NÃO! Eu estava me curando.

Sim, respondeu Jason.

Eu acho que estávamos na Sala de Recuperação.

Não é de se estranhar que estamos nos sentindo muito melhor do que ontem à noite.

Eu estava com medo de estarmos realmente feridos, mas estávamos entrando em choque e não podíamos sentir nossos ferimentos.

Nós fomos para a nave?

Sim, eu respondi.

Nós não queríamos que sua missão fosse abreviada, mas vocês não poderiam continuar a subir a montanha sem a cura.

Como posso não me lembrar de muita coisa? – perguntou Sandy.

É comum as pessoas que estão feridas e que vão para a Sala de Recuperação não se lembrarem.

E também, visto que seus Corpos de Luz já estavam ativados, eles aceleraram grandemente seu processo de cura.

Na verdade, a maior parte da cura foi feita pelos seus próprios Corpos de Luz.

Nosso Corpo de Luz pode nos curar? – os dois perguntaram.

É mais como que seu Corpo de Luz nunca esteve ferido.

Ele é de uma ressonância mais alta do que o plano físico, então nada tridimensional pode prejudicá-lo.

Mas, como Sandy já tinha dito, seu vaso terreno ainda envolve seu Corpo de Luz e era a sua forma física que precisava de cura.

Como está se sentindo agora?

Confusa. – disse Sandy e Jason concordou.

Como pode eles não tirarem a sujeira de nós quando estávamos na Sala de Recuperação? – perguntou Jason.

Vocês podem ficar surpresos, mas vocês fizeram uma conexão tão profunda com os elementais da terra que eles quiseram permanecer com vocês até estarem recuperados. – eu respondi.

Talvez isso explique os sonhos estranhos que tive durante a noite. – disse Sandy.

Eu ficava vendo esses pequenos seres que pareciam gnomos ao meu redor.

Eles estavam muito atarefados fazendo algum tipo de trabalho.

Eu me senti como uma criancinha tendo um dos meus muitos sonhos em que eu visitava a Terra das Fadas.

Eu tive sonhos parecidos. – disse Jason.

Eu me vi como um garotinho que adorava brincar na lama e criar pequenas vilas.

Às vezes as vilas secavam ao Sol e duravam por um ou dois dias; quer dizer, se eu conseguisse deixar meu cachorro longe delas.

Eu também me lembro de que tínhamos manhãs nubladas como esta, o que eu sempre adorava.

Meu cão e eu fazíamos longas caminhadas na neblina e era sempre o meu cão que achava o caminho de volta para casa.

Eu não pensei em nada da minha infância por anos.

Agora eu me lembro de que eu conversava com as árvores, animais, as nuvens e algum ser “imaginário” que eu acreditava que era real.

Interessante estarmos falando sobre a nossa infância.

Você acha que é porque nós conversamos com os elementais da terra e do éter? – perguntou Sandy.

Talvez fizéssemos isso quando crianças e nos esquecemos.

Eu me lembro de quando era pequena eu também conversava com pássaros, bonecas, plantas e até insetos.

Eu sabia que tudo era vivo.

Quando fiquei mais velha, eu achava que isso era uma ideia ridícula.

Agora eu sei que minha criança estava certa.

Nós três rimos e continuamos a papear enquanto limpávamos a área.

Há um lago adorável um pouco mais acima na montanha.

Vocês podem se banhar nele.

Entretanto, vocês precisarão comungar com os elementais do ar e da água para enxergar por essa neblina. – eu disse preparando-os para o próximo desafio.


SANDY FALA:

Eu podia identificar pela mensagem jovial de Lantern que ele estava nos preparando para o nosso próximo desafio.

Felizmente a trilha à frente não era tão íngreme, porque nós não conseguíamos enxergar muito longe.

Eu poderia dizer que Jason estava um pouco preocupado e sentia-se muito protetor em relação a mim.

Eu pude discernir pelo início da mensagem de Lantern que nós ficamos mais feridos do que pensamos.

Nós somos tão abençoados por ter nossos amigos galácticos.

Eu estava para pôr minha mochila nas costas quando Jason veio e me deu um abraço demorado.

Eu sinto que ontem à noite a culpa foi minha.

Eu sinto muito.

Nós podíamos ter nos ferido gravemente.

Talvez tenhamos nos ferido muito, - eu disse, mas agora estamos curados.

Vou tentar me sintonizar mais com meu Corpo de Luz.

Posso sentir uma sensação interna cálida que é muito diferente de qualquer coisa que já experimentei.

Eu tenho a mesma sensação.

Pergunto-me o que vai acontecer. - ponderou Jason.

Quando Jason estava pegando sua mochila eu o beijei e garanti outra vez que a nossa queda NÃO foi culpa dele.

Estamos juntos nisso. – eu disse ao beijá-lo mais uma vez.

Agora, vamos sair desta neblina e chegar naquele lago.

***

A pequena caminhada até o lago não foi nada fácil.

O caminho “fácil” tinha um barranco enorme de um lado, então tínhamos que realmente prestar atenção no que os elementais da terra nos diziam sobre a trilha.

Eu estava feliz por eles estarem comigo porque rapidamente fiquei fatigada e meu corpo todo ainda doía por causa da nossa queda.

Eu estava me perguntando o quão gravemente nos ferimos quando um flashback de nossa queda entrou em minha mente.

Fiquei tão surpresa que comecei a perder meu equilíbrio.

Então aconteceu alguma coisa que não consegui entender.

Foi como se uma mão invisível me empurrasse de volta ao equilíbrio.

Assim que me centrei novamente em meu interior eu ouvi Lantern rir enquanto dizia:

Lembre-se de que VOCÊ se estende muito além de seu eu físico.

Jason mansamente disse: Do que ele está falando?

Conto mais tarde. Lembre-me, por favor, pois minha memória 3D está muito esporádica.

Dessa vez ouvi a risada de Jason e ele disse:

É, a minha também, o que me fez rir também.

Como se o nosso riso tivesse clareado nosso caminho, fizemos a última subida e vimos uma colina levemente inclinada que levava a um lago magnífico.

Jason e eu literalmente subimos a colina correndo, largamos nossas mochilas, tirarmos nossas roupas sujas e pulamos no lado.

De longe ouvimos a risada confortadora de Lantern.

Quando senti a água limpa do lago acariciar meu corpo, comecei a sentir o que pensei que fosse um peixe delicadamente roçando minhas pernas.

No começo foi meio desconcertante, mas então me entreguei à sensação e me lembrei de que estava no lar dele.

Eu adorei tanto a sensação da água que mergulhei e abri meus olhos para ver que NÃO havia peixe.

Porém havia seres maravilhosos e brilhantes fluindo pela água.

Olá, querida humana, eu ouvi em minha consciência, nós somos as Ondinas.

Nós somos os elementais pentadimensionais da água.

Fiquei tão hipnotizada pela presença delas que perdi toda a noção de onde eu estava ou de quanto tinha nadado.

Quando retornei à superfície, eu estava desorientada e não conseguia ver Jason ou Lantern em lugar algum.

Eu era uma boa nadadora, então não estava assustada, mas eu sabia que precisava ir na direção de onde eu mergulhara no lago.

Siga-nos. – eu ouvi vozes sussurrarem outra vez.

Submergi para vê-las acenando para eu segui-las.

Eu podia confiar nelas?

Eu somente podia vê-las debaixo d’água, mas não podia vê-las nas bordas.

Decidi me virar e olhar para cima e vi o que se tornou um céu azul claro cheio de nuvens finas.

Eu estava justamente pensando que a natureza fluente e fina das nuvens me lembravam dos Silfos quando ouvi:

Olá, humana.

Nós somos os Silfos.

Somos os elementais pentadimensionais do ar.

Nós queremos avisar que você pode confiar em nossas amigas Ondinas.

E também, vamos separar nossas nuvens para lhe mostrar o caminho até seus amigos humanos.

Então aconteceu a coisa mais miraculosa.

As nuvens pareceram se separar e unir de uma forma que me apontavam para um determinado local numa margem distante.

Como pude nadar para tão longe?

Eu não estava segura de conseguir voltar até lá, pois estive nadando por muito tempo.

Não se preocupe. – ouvi as Ondinas e Silfos falando ao meu coração.

Nós dissemos aos seus amigos onde você está.

Eu não tinha outro recurso além de confiar neles, então eu segui o caminho das nuvens dos Silfos enquanto minha cabeça estava fora da água e as Ondinas quando minha cabeça estava debaixo d’água.

Parecia que os elementais estavam me dando energia, ou era amor?

Será que energia e amor são a mesma coisa?

Eu estava tão absorvida em meus próprios pensamentos que não ouvi e nem vi o pequeno bote vindo em minha direção até ouvir Jason chamando pelo meu nome.

A voz de Jason me tirou de meu devaneio.

Quando vi o bote fiquei tão entusiasmada que engoli água e involuntariamente afundei.

Imediatamente minhas amigas Ondinas me cercaram e não muito distante, eu vi outro grupo de Ondinas orientando Jason.

Eu nunca soube que Jason podia nadar tão rápido, mas ele estava comigo em segundos e me puxou para a superfície.

Lantern de seu pequeno bote esticou sua mão e me ajudou a entrar no bote e Jason subiu pelo outro lado.

Quando me acomodei, perguntei a Lantern:

Onde você conseguiu o bote?

Com seu riso brilhante e familiar, ele disse:

Eu manifestei.

***

Mais tarde naquela noite, quando estávamos sentados perto de uma fogueira tomando café, Jason disse:

Eu pensei que íamos ajudar os elementais, mas acabou que eles nos ajudaram.

Nós nos abraçamos apertado e olhamos o glorioso cenários de estrelas refletindo no lago calmo.

Naquele AGORA, nós SOUBEMOS que não estamos sozinhos e que éramos UM com Gaia eternamente!


NOTA DE SUE:

Uma das coisas mais gloriosas para mim foi ter nadado nos lagos das montanhas, principalmente depois de uma longa subida pela trilha.
Felizmente, eu não tive os desafios que Sandy e Jason encararam, mas eu vi as estrelas refletidas num lago calmo.
Nunca vou esquecer essa visão.
Para mim, a Natureza é um ser vivo.
Eu espero que seja igual com vocês.




Tradução: Blog SINTESE http://blogsintese.blogspot.com

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